No 180 terapias acores acreditamos que a sexualidade da pessoa é uma parte do seu ser muito importante, por isso a partir de agora vamos começar a falar de sexualidade(s), e nada melhor que começar com os mitos que nos prendem e crenças que nos magoam.
As crenças e os mitos que temos sobre a sexualidade condicionam a nossa vida e afastam-nos de nos próprios/as e de desfrutar do prazer sexual, seja sozinh@s ou acompanhad@s.
Nos próximos dias iremos postar diferentes mitos da sexualidade feminina e masculina, para que possamos pensar neles e desconstruí-los.
Nesta ideia de explorar os mitos junta-se a nós a artista Vanessa Branco, que ilustrará alguns destes mitos com humor, mesmo sendo este um assunto sério!
Mito n°1 da sexualidade Feminina: “AS MULHERES NÃO GOSTAM DE SEXO”
Como todos os mitos, estes nascem de uma interpretação da realidade. Neste caso a verdade é que as mulheres não são educadas para que tenham desejo sexual, mas na realidade biologicamente não existe diferença entre a “quantidade” de desejo masculino e feminino.
Os homens são educados para que tenham muito desejo, para que desfrutem do seu corpo e da sua sexualidade (uma obrigação para eles, porque caso contrário, deixam de ser considerados “homens”) sendo o sexo considerado um prémio. No caso das mulheres, e para a mesma situação, são educadas na ideia de que o sexo e o amor vão juntos. Por isso sem amor, não devem explorar a sua sexualidade nem entregar-se ao outr@, sem amor o sexo é mau e não tem importância na vida. Esta é a base deste mito, por isso claro que aparecem em consulta muitas mulheres que dizem não gostar de sexo, e que explicam que só têm relações sexuais para contentar aos seus companheiros, mas o certo é que as mulheres que conseguiram romper com esta educação e começaram a explorar-se, querer-se e desfrutar-se sem se julgarem a si próprias, GOSTAM do sexo!! E a boa noticia é que nunca é tarde para conhecer-nos a nós próprias!

Mito n° 1 da sexualidade
masculina:
“O HOMEM ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA TER RELAÇOES SEXUAIS”
A crença de que o homem deve sempre estar
preparado e com vontade de ter relações sexuais, vêm da associação que
culturalmente se faz em relação a que
este deve ser e estar sempre sexualmente
ativo, quase que por um impulso “natural e incontrolável”, nas situações em que
o homem não esteja sempre a pensar em sexo ou com vontade de o ter, isto
significa que é “ menos homem” o seja…homossexual...(outro mito, virilidade= heterossexualidade
masculina)
Na realidade o que acontece,
é que tanto os homens como as mulheres, tem dias que tem vontade de praticar
sexo e outros dias que não! Por isso quando um homem decide não querer ter relações
sexuais, não faz dele menos homem nem significa que a sua orientação seja
diferente à heterossexual, por não ser o “garanhão” esperado pela sociedade. A
verdade é que ato de decidir não ter relações é parte do seu direito a decidir.
Estes dois mitos sobre
a nossa sexualidade e outros dos que falaremos nos próximos dias, têm em comum
o facto da opressão cultural a que tanto os homens como as mulheres estão sujeit@s,
afeta as diferentes áreas da nossa vida, sendo a nossa sexualidade uma das mais
afetadas. Mas para não ficarmos tristes é importante relembrar que estas
algemas sociais são possíveis de abrir! Sozinh@s ou com ajuda!